BOM DIA CNNG

Mega da Virada: Prêmio 600 Mi

A Caixa Econômica Federal iniciou nesta segunda-feira (11) as apostas para a Mega da Virada 2024. O prêmio de R$ 600 milhões será pago para o ganhador do concurso 2.810, que acontece no dia 31 de dezembro. Este é o maior prêmio da história da Mega-Sena. Assim como nos demais concursos especiais das Loterias, o prêmio principal da Mega da Virada não acumula. O valor da aposta simples, com seis números, custa R$ 5 e pode ser feita com volante específico da Mega da Virada somente em lotéricas ou nas plataformas online das Loterias Caixa. Fonte: CNN Brasil Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/economia/financas/mega-da-virada-caixa-abre-apostas-para-premio-de-r-600-milhoes-o-maior-da-historia/
7 Novembro – Dia do Radialista

No dia 7 de novembro, comemora-se o Dia do Radialista. O profissional radialista trabalha com os meios de comunicação, especialmente com o rádio, como o próprio nome sugere, embora possa atuar com televisão e afins.
Brasil lidera abertura do G20 da Cultura com foco em diversidade e sustentabilidade

Brasil lidera abertura do G20 da Cultura com foco em diversidade e sustentabilidade No primeiro dia de discussões, MinC destaca cultura como pilar estratégico para o desenvolvimento global Foto: Victor Vec/ MinC Começou nesta terça-feira (5) a 4ª Reunião Técnica do Grupo de Trabalho (GT) de Cultura e a Reunião de Ministros da Cultura do G20, no Centro de Convenções de Salvador (BA), evento que marca a etapa final do ciclo de encontros temáticos presididos pelo Brasil. Reunindo mais de 120 autoridades de diferentes países e organizações internacionais, o encontro conta com a presença da ministra da Cultura, Margareth Menezes, e de representantes de países como Espanha, Alemanha, Índia, Arábia Saudita, Emirados Árabes e União Africana. Ao longo dos dias, os debates se concentrarão em quatro eixos temáticos estratégicos: Diversidade Cultural e Inclusão Social; Direitos Autorais e Ambiente Digital; Economia Criativa e Desenvolvimento Sustentável; e Preservação e Promoção do Patrimônio Cultural e da Memória. O objetivo é firmar compromissos que reforcem o papel da cultura na promoção de justiça social, desenvolvimento econômico e respeito à diversidade cultural no contexto global. Em meio às discussões, o coordenador-geral de Assuntos Internacionais do Ministério da Cultura, Vinícius Gürtler da Rosa, ressaltou o progresso do trabalho com as delegações presentes, abrangendo 33 representantes de membros plenos e países convidados. “Nosso objetivo é conduzir as negociações do texto da declaração. Hoje avançamos no preâmbulo e esperamos progredir até a Prioridade 1, para que possamos tratar dos eixos subsequentes nos próximos dias.” Agenda do G20 de Cultura e atividades paralelas Além das reuniões principais, a programação do G20 da Cultura em Salvador inclui eventos paralelos, jantares e atividades culturais, com o apoio do Governo da Bahia e da Prefeitura de Salvador, e a parceria da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). O Brasil encerra sua presidência no G20 com a Cúpula de Líderes do G20, marcada para os dias 18 e 19 de novembro, no Rio de Janeiro. Em 2025, a África do Sul assumirá a presidência do G20, sendo o primeiro país africano a sediar as reuniões do grupo. FONTE: MINISTERIO DA CULTURA DISPONIVEL EM: https://www.gov.br/cultura/pt-br/assuntos/noticias/brasil-lidera-abertura-do-g20-da-cultura-com-foco-em-diversidade-e-sustentabilidade
Copom acelera subida juros

Com disparada do dólar e dúvidas sobre contas públicas, BC deve acelerar ritmo de alta e subir juro para 11,25% ao ano, prevê mercado Decisão do Comitê de Política Monetária será anunciada após as 18h. Se confirmada, essa será maior elevação dos juros básicos desde maio de 2022; ou seja, em dois anos e meio. Por Alexandro Martello, g1 — Brasília Banco Central deve subir os juros pela segunda vez consecutiva nesta semana. — Foto: Raphael Ribeiro/BCB O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) se reúne nesta quarta-feira (6) e deve acelerar o ritmo de elevação dos juros básicos da economia. A decisão será anunciada após as 18h. De acordo com projeção do mercado financeiro, a Selic deve subir de 10,75% para 11,25% ao ano, uma elevação de 0,5 ponto percentual. Se confirmado, esse será o segundo aumento seguido, e o maior desde maio de 2022, ou seja, em dois anos e meio. A decisão do Copom sobre o patamar da taxa de juros ocorre em meio à forte alta do dólar, que acumulou aumento, em 2024, de 19,2% até segunda-feira (4) – cotado a R$ 5,78. Segundo analistas, esse é mais um fator a pressionar a inflação. De maneira geral, a taxa de câmbio pode ter influência nos preços domésticos em diferentes frentes, como por meio da importação de produtos e insumos ou mesmo pela equiparação dos preços praticados no Brasil com o mercado internacional. Dólar comercial fecha no valor mais alto desde maio de 2020 Eleições americanas A pressão sobre o dólar, por sua vez, decorre de fatores externos, como as eleições nos Estados Unidos, e internos — a dúvida dos investidores sobre o ajuste das contas públicas. A eleição nos EUA, segundo analistas, tem o potencial de pressionar ainda mais a moeda norte-americana no caso de vitória do candidato republicano Donald Trump, que promete medidas protecionistas para frear as importações — resultado no menor ingresso de divisas no Brasil. No campo doméstico, o mercado aguarda, reticente, a equipe econômica finalizar e anunciar propostas de cortes de gastos. O objetivo é manter de pé o arcabouço fiscal, a regra atual para as contas públicas — sem a qual cresce a percepção descontrole fiscal e alta maior no endividamento. O Banco Central também tem citado o aumento de gastos públicos com um fator que pressiona a inflação, juntamente com atividade econômica em alta e um mercado de trabalho aquecido. “Diante de um cenário ainda desafiador, com taxa de câmbio em nível mais depreciado do que na reunião anterior, mercado de trabalho apertado, e núcleos de inflação e expectativas ainda acima da meta, as autoridades devem julgar apropriado este aumento do ritmo [de alta do juro], avançando mais rapidamente em território contracionista”, avaliou o Itaú, em comunicado. Como as decisões são tomadas Para definir a taxa básica de juros e tentar conter a alta dos preços, no sistema de metas de inflação, o Banco Central olha para o futuro, e não para a inflação corrente, ou seja, dos últimos meses. Isso ocorre porque as mudanças na taxa Selic demoram de seis a 18 meses para ter impacto pleno na economia. Neste momento, a instituição já está mirando na meta considerando o próximo ano, e o primeiro semestre de 2026. A meta de inflação deste ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%; A partir de 2025, o governo mudou o regime de metas de inflação, e a meta passou a ser contínua em 3%, podendo oscilar entre 1,5% e 4,5% sem que seja descumprida; Na semana passada, os economistas do mercado financeiro estimaram que a inflação de 2024 somará 4,59% (acima do teto da meta anual) e, a de 2025, 4,03%, e de 3,61% em 2026. Em setembro, o Banco Central estimou que as projeções de inflação do Copom em seu cenário de referência estavam em 4,3% em 2024, 3,7% em 2025 e 3,3% em 2026. Efeitos na economia De acordo com especialistas, uma taxa de juros maior no Brasil tende a ter algumas consequências na economia. Veja abaixo algumas delas: ▶️ Reflexo nos juros bancários: a tendência é que a alta da queda da Selic influencie as taxas cobradas dos clientes bancários. Em setembro, a taxa média de juros cobrada pelos bancos em operações com pessoas físicas e empresas somou 39,9% ao ano, o maior nível desde junho de 2024 (40% ao ano). ▶️Crescimento da economia: com juros mais altos, a expectativa é de um comportamento mais contido do consumo da população e, também, de mais dificuldades aos investimentos produtivos, impactando negativamente o Produto Interno Bruto (PIB), o emprego e a renda. Nos últimos meses, porém, os dados de atividade têm surpreendido positivamente. ▶️ Piora das contas públicas: juros mais altos também desfavorecem as contas públicas, pois aumentam as despesas com juros da dívida pública. Em doze meses, até agosto de 2024, a despesa com juros somou R$ 854 bilhões (7,55% do PIB). ▶️Impacto nas aplicações financeiras: investimentos em renda fixa, como no Tesouro Direto e em debêntures, porém, terão um rendimento maior, com o passar do tempo, do que seria registrado com juros mais baixos. Isso pode contribuir para diminuir a atratividade do mercado acionário.
TSORI – Mistério bíblico

Semente ‘ressuscitada’ pode ser chave para mistério bíblico Cientistas fizeram germinar em 2010 uma semente datando de cerca de mil anos. Resina produzida agora pela “bela adormecida” evoca o bálsamo “tsori”, citado em vários livros da Bíblia por suas propriedades miraculosas. Semente que deu origem a ‘Sheba’ foi encontrada 40 anos atrás no Deserto da Judeia — Foto: Adobe Stock Uma semente não identificada, encontrada décadas atrás numa caverna do deserto da Judeia, pode ser a chave para um dos mistérios botânicos da Bíblia, e cientistas conseguiram agora fazer germinar a partir dela uma árvore de mais de mil anos. Apelidada “Sheba”, ela pode ser a fonte do enigmático bálsamo “tsori”, mencionado nas escrituras por suas supostamente miraculosas propriedades curativas. Como relata o artigo publicado em setembro na revista científica Communications Biology, cerca de 40 anos atrás arqueólogos descobriram na região de Wadi el Makkuk uma semente originária dos anos 993 a 1202, segundo a datação por radiocarbono. Ela permaneceu esquecida no Instituto de Arqueología da Universidade Hebraica, até que a cientista Sarah Sallon, do Centro de Pesquisa de Medicina Natural Louis Borick, em Jerusalém, resolveu lhe dar uma segunda oportunidade. Com apoio da diretora do Centro de Agricultura Sustentável do Instituto Arava, Elaine Solowey, a semente foi plantada em 2010. Cinco semanas mais tarde, emergia uma plantinha e, passados 14 anos, “Sheba” já mede quase três metros e começou a produzir resina. Potencial curativo concentrado Há duas teorias igualmente prováveis sobre como a secular semente teria chegado à caverna no deserto: através de excrementos animais ou humanos. Análises de DNA revelaram que pertence ao gênero Commiphora, o mesmo das plantas de que se extraem incenso e mirra. No entanto não foi possível identificar sua espécie exata, levando a crer que se trate de uma linhagem já extinta. Uma primeira hipótese, de que se trataria do mítico “bálsamo da Judeia”, foi descartada pelo fato de a árvore ressuscitada não apresentar propriedades aromáticas. No entanto, o que lhe falta em fragrância, Sheba compensa em propriedades medicinais: análises químicas revelaram que suas folhas e resina estão repletas de triterpenoides pentacíclicos, compostos conhecidos por suas propriedades anti-inflamatórias e anticancerígenas, assim como do antioxidante natural esqualeno, utilizado em tratamentos de pele. Devido a essas propriedades curativas, as cientistas propõem que a resina possa ser o tsori mencionado nos livros bíblicos do Gênese, Jeremias e Ezequiel. Tradicionalmente associado à região de Galaad (atual Jordânia), esse bálsamo era mais famoso por sua ação terapêutica do que por seu perfume. “Cremos que os esses achados apoiam nossa segunda hipótese: Sheba pode representar uma linhagem extinta (ou pelo menos extirpada), outrora nativa desta região, cuja resina tsori era valiosa, associada à cura, mas não descrita como fragrante”, explica o estudo. Esta não é a primeira façanha de ressurreição botânica da equipe liderada por Sallon, que já trabalhou com sementes de tâmaras de 1.900 anos de idade. Uma delas germinou, sendo batizada “Matusalém”, em honra à personagem bíblica que supostamente viveu 969 anos. Enquanto a “bela adormecida” Sheba continua crescendo e os cientistas pesquisam suas propriedades, permanece em aberto o mistério do bálsamo da Judeia. A hipótese da equipe é que a planta aromática que o produzia seja uma espécie de Commiphora ainda não identificada. Fonte: G1 Disponível em: https://g1.globo.com/ciencia/noticia/2024/10/31/semente-ressuscitada-pode-ser-chave-para-misterio-biblico.ghtml
Economia – Índices Cotações

Dólar fecha no maior nível desde maio de 2020 e Ibovespa cai com exterior e risco fiscal
Itamaraty vetou Venezuela

Reação da Venezuela a veto do Brasil no Brics é ‘desproporcional’, diz Celso Amorim A Venezuela reagiu de maneira “desproporcional” ao veto do Brasil à sua entrada no Brics, disse, nesta terça-feira (29), o principal assessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Celso Amorim, que admitiu um “mal-estar” entre os dois países. “A reação à não entrada da Venezuela no Brics é totalmente desproporcional”, afirmou Amorim durante uma audiência na comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados. “Nós tínhamos acusações ao próprio presidente Lula e à Chancelaria”, acrescentou. Na segunda-feira, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, criticou funcionários do Itamaraty pelo veto, na semana passada, durante uma cúpula do bloco realizada na Rússia. “O Itamaraty tem sido um poder dentro do poder do Brasil há muitos anos (…) Sempre conspirou contra a Venezuela”, afirmou Maduro, que, no entanto, evitou responsabilizar Lula diretamente. Segundo Amorim, o motivo do bloqueio foi que “o Brasil achou que nesse momento que a Venezuela não contribui para um melhor funcionamento do Brics”, bloco que também inclui China, Índia, Rússia, África do Sul e outros quatro países. No sábado, o procurador-geral venezuelano, Tarek William Saab, levantou dúvidas sobre um acidente doméstico que Lula sofreu, chamando o incidente de “farsa” para justificar a ausência do presidente brasileiro na cúpula do Brics. Antigo aliado de Maduro e de seu antecessor, o falecido Hugo Chávez, Lula tem se distanciado do presidente venezuelano desde sua controversa reeleição em 28 de julho, denunciada como fraudulenta pela oposição. Amorim afirmou que Maduro prometeu divulgar a contagem detalhada dos votos poucos dias depois das eleições, algo que ainda não ocorreu. “Isso e outros fatores criaram um mal-estar” nas relações bilaterais, admitiu. “Se a Venezuela é uma ditadura, eu acho que hoje em dia nós somos muito críticos da Venezuela, mas não acho que seja um esporte rentável ficar classificando os países”, acrescentou. rsr/ll/mel/jb/mvv Fonte: Microsoft start Disponível em: https://www.msn.com/pt-br/noticias/brasil/reação-da-venezuela-a-veto-do-brasil-no-brics-é-desproporcional-diz-celso-amorim/ar-AA1t9UQR?ocid=msedgntp&pc=SMTS&cvid=587da98c3cea41299928a521b1908e38&ei=39
Como é a Transição municipal

ENTENDA COMO FUNCIONA O PROCESSO DE TRANSIÇÃO DE UMA GESTÃO MUNICIPAL Processo de transição de governo começou com a indicação do primeiro membro da comissão FOTO: Horizonte da cidade de Goiânia na região da BR-153 | Foto: Raphael Bezerra/Jornal Opção A transição de governo é um processo essencial para a continuidade administrativa e a estabilidade institucional no executivo municipais e federais. Em nível municipal, onde a alternância de prefeitos é uma realidade constante, o procedimento segue diretrizes determinada pelos Tribunais de Contas que visam garantir a passagem de informações e a transparência das finanças públicos. O prefeito eleito Sandro Mabel (UB) já indicou o primeiro nome para compor o grupo de transição, trata-se do ex-secretário de governo na gestão de Iris Rezende (MDB), Paulo Ortegal. A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e, em alguns municípios e estados, leis específicas regulamentam o processo de transição de governo nas prefeituras. A transição começa a partir do momento em que o novo prefeito é eleito. Para isso, a atual gestão precisa elaborar um decreto que vai nomear a equipe de transição da atual gestão, que vai ser responsável por repassar informações sobre contratos em vigor, dívidas, folha de pagamento, programas sociais, obras e outros aspectos da administração municipal. Essa comissão também facilita o acesso à documentação e aos sistemas de controle interno e externo. Dessa forma, o novo gestor tem a oportunidade de conhecer detalhadamente a situação financeira e administrativa do município antes de assumir oficialmente o cargo. É uma medida preventiva que visa evitar surpresas e interrupções de serviços básicos à população logo no início da nova gestão. O que diz a norma do TCM-GO A transição de governos municipais é regida pela instrução normativa 006 de 2016 do TCM, que estabelece as etapas obrigatórias para a transição de governo na administração pública municipal. transparência. As etapas são divididas em obrigações do prefeito atual e do prefeito eleito. Segundo a normativa, o prefeito atual deve constituir a comissão de transição por meio de ato normativo em até dez dias após a proclamação do resultado das eleições. A comissão deve ser formada por três representantes indicados pela atual gestão responsáveis pelo Controle Interno, Finanças e Administração, além de três indicados pelo prefeito eleito. O prefeito eleito tem até cinco dias para indicar seus representantes e a comissão deve indicar as datas de início e fim dos trabalhos da comissão. O grupo deve avaliar a necessidade de prorrogação de contratos em vigência ou de novos procedimentos licitatórios para garantir a continuidade de serviços públicos. PPA, LDO e LOA O prefeito atual tem o dever de encaminhar à comissão, em prazos específicos, documentos e informações sobre diversos aspectos da gestão municipal: Em até dez dias após a constituição da comissão: Documentos como o PPA, LDO, LOA, relação de servidores, procedimentos licitatórios, contratos, obras em andamento, concursos e legislação municipal. Até 15 de janeiro: Informações sobre a situação financeira do município em 31 de dezembro, incluindo disponibilidade de caixa, conciliação bancária, créditos a receber, dívida ativa, inventários, folhas de pagamento, obrigações fiscais, restos a pagar, empréstimos, balancete de verificação, atos expedidos, ações judiciais, situação cadastral de contribuintes e convênios pendentes de prestação de contas. Transição no âmbito federal No âmbito federal, a transição de governo é regulamentada pela Lei nº 10.609, de 20 de dezembro de 2002, que formaliza a criação de uma equipe de transição logo após a proclamação dos resultados das eleições presidenciais. O governo federal deve, então, instituir uma estrutura de transição composta por servidores e profissionais nomeados pelo presidente eleito. A equipe do presidente em exercício deve disponibilizar informações sobre os setores governamentais, orçamento, programas federais, dados financeiros e sobre as atividades prioritárias. Esse processo é coordenado pela Casa Civil, que supervisiona o repasse de informações e assegura que o novo governo tenha uma visão completa da situação do país. No caso de uma mudança de governo, a equipe do presidente eleito realiza um planejamento detalhado dos primeiros dias de mandato, com base nas informações recebidas. Similaridades e diferenças Tanto em nível municipal quanto federal, a transparência e a continuidade dos serviços públicos são prioridades no processo de transição. No entanto, o nível de complexidade do governo federal demanda uma estrutura mais elaborada, com a participação de diversos ministérios e órgãos federais. Enquanto nos municípios o foco principal é a gestão local, que inclui saúde, educação, obras e segurança municipal, no governo federal o escopo abrange setores como defesa nacional, relações internacionais e macroeconomia. Matéria escrita por: Raphael Bezerra Fonte: Jornal Opção de Goiânia Disponível em: https://www.jornalopcao.com.br/ultimas-noticias/entenda-como-funciona-o-processo-de-transicao-de-uma-gestao-municipal-651822/
Deu errado o capitalismo?

‘O que deu errado com o capitalismo?’: os questionamentos de banqueiro bem-sucedido de Wall Street O investidor Ruchir Sharma, autor de novo livro sobre o capitalismo, critica modus operandi recente em que governos intervêm com força em momentos de crise. Matéria escrita Por: Vivienne Nunis O contraste entre Índia e Cingapura, onde viveu, formou o pensamento de Ruchir Sharma. Foto em destaque: Getty Images via BBC “O que deu errado com o capitalismo?” Essa pergunta é o título do novo livro do investidor Ruchir Sharma, banqueiro que passou quase toda a sua carreira em Wall Street. Ele trabalhou para algumas das maiores empresas do distrito financeiro de Nova York — uma experiência que, segundo ele, o colocou no ponto de vista ideal para observar como o dinheiro flui através da economia global. Sua conclusão? O capitalismo de hoje não atingiu seu verdadeiro potencial. Autor de livros de sucesso como The rise and fall of nations (“Ascensão e queda das nações”, em tradução livre) e Breakout nations: In pursuit of the next economic miracles (“Nações emergentes: em busca dos próximos milagres econômicos”), Sharma é presidente da empresa de gestão de patrimônio Rockefeller Capital Management e fundador e diretor da empresa de investimentos Breakout Capital. “Este livro é uma história revisionista do capitalismo”, diz Sharma sobre seu lançamento. Parte do interesse do executivo em escrever sobre o assunto tem a ver com sua história pessoal. O banqueiro cresceu na Índia nas décadas de 1970 e 1980, onde o cenário era “muito socialista”, lembra o autor, apontando exemplos como a nacionalização dos bancos. “Cresci aspirando a ser capitalista” nesse contexto, conta o autor. Sharma foi depois viver com a família em Cingapura, onde ficou impressionado com a liberdade econômica e a “prosperidade”, em contraste com o que via em seu país natal. Esse contraste influenciou diretamente sua visão do mundo. ‘O que deu errado com o capitalismo?’, questiona o título de novo livro — Foto: Divulgação via BBC Seu próximo destino foi os Estados Unidos, a maior economia do mundo. Trabalhando nas entranhas do capital, Sharma começou a perguntar-se por que nos países ocidentais tantos jovens dizem que prefeririam viver no socialismo. Por isso, ele começou a refletir sobre o que houve no sistema capitalista, a ponto de muitos terem se tornado céticos. Em “O que deu errado com o capitalismo?” (no original, What went wrong with capitalism), o autor argumenta que parte da culpa recai sobre os gastos gigantescos dos governos, viciados em dívidas, e sobre os bancos centrais, ao estimularem a economia injetando dinheiro no sistema, em vez de deixarem que as forças do mercado restabeleçam o equilíbrio. Ao mesmo tempo, salienta, “nas últimas décadas houve uma perversão do capitalismo”. “As pessoas que se beneficiam do capitalismo não deveriam ser os grandes beneficiários”, diz ele. “Algo está errado quando vemos que as pessoas que mais prosperaram nos últimos 20 anos são as mesmas que têm grande acesso a financiamento. Houve uma explosão de bilionários.” Hoje, os Estados Unidos abrigam mais de 800 supermilionários (coletivamente, a riqueza deles chega a quase US$ 6 trilhões, segundo a Forbes), mais do dobro do que era antes da pandemia. Mas Ruchir Sharma afirma que, embora os supermilionários sejam um alvo óbvio para os críticos do aumento da desigualdade, existe um culpado mais oculto: a queda na produtividade. Se as empresas produzirem mais, diz ele, o bolo econômico pode crescer para todos, permitindo que elas aumentem os salários sem causar inflação. Ele critica que, nas últimas décadas, as chamadas “empresas zumbis” são mantidas vivas graças aos bancos centrais determinados a manter as taxas de juro baixas, como ocorreu ao longo da década de 2010. Além disso, bancos em dificuldades e considerados grandes demais para falir têm sido apoiados por resgates governamentais, uma política da qual ele discorda. ‘Os loucos anos 1920’ Mas nem sempre foi assim. Houve um tempo em que tais ações eram consideradas prejudiciais à forma como o capitalismo deveria funcionar. Revendo a história americana, Sharma volta à década de 1920, uma época que muitos associam a uma era glamorosa de jazz, à libertação nos costumes e à prosperidade crescente. Contudo, após o fim da Primeira Guerra Mundial, entre 1920 e 1921, ocorreu uma profunda crise econômica que durou relativamente pouco, mas foi muito dolorosa. Ela foi antecessora da Grande Depressão de 1929. O empresário defende que há lições importantes sobre a política de não intervenção aplicada naquele momento. Lições, aponta ele, que muitas vezes parecem ter sido esquecidas. O que aconteceu nesses anos? Por que a política anti-intervenção foi tão ruim? Os gastos e empréstimos do governo dos EUA dispararam durante a Primeira Guerra Mundial. Mais tarde, à medida que a economia tentava adaptar-se aos tempos de paz, as pessoas correram para comprar bens que anteriormente eram racionados — e a inflação aumentou. Além disso, as tropas que voltaram para casa aumentaram rapidamente a força de trabalho buscando emprego. À medida que a recessão se instalou, os preços caíram e a atividade empresarial entrou em colapso, mas a Reserva Federal insistiu em aumentar os impostos. Quase 500 bancos nacionais faliram em 1921, quando a produção industrial parou e o desemprego dobrou. Isto pode parecer devastador, mas Sharma diz que a abordagem de não intervenção — deixar a crise continuar o seu curso, sem injetar dinheiro na economia e sem intervir para salvar os bancos — funcionou. A abordagem permitiu que aqueles com fraco desempenho fossem eliminados da economia e que a crise terminasse em apenas 18 meses, argumenta. “Temos uma prosperidade incrível após o período sem intervenção”, observa. “À medida que as pessoas aprendem a seguir sem intervenções, os fracos são escanteados.” E na atualidade? Ao contrário do que aconteceu naquele momento, em anos mais recentes, as respostas dos governos e dos bancos centrais às crises econômicas têm sido muito diferentes. Há o exemplo da crise de 2008, quando grandes bancos foram resgatados. “A recuperação econômica [dessa crise] foi fraca. Muitos economistas pensaram que a lição foi que deveríamos ter feito mais”, diz Sharma. Alguns anos depois, na pandemia de covid-19, no meio de uma brutal crise humana e