Uma extensa nuvem de fumaça continua a cobrir grande parte do estado de Goiás nesta segunda-feira (26), segundo o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo). De acordo com André Amorim, gerente do centro, a região mais afetada é a Centro-Sul, mas o fenômeno também atinge parte do Norte e Noroeste do estado.
“Até ontem, a fumaça estava concentrada no Centro-Sul de Goiás. Hoje, ela pode oscilar mais para a região Noroeste, acima de Aragarças, chegando até Porangatu. Praticamente todo o estado está afetado, exceto o Nordeste”, explicou André.
O avanço da frente fria alterou o fluxo dos ventos, espalhando a fumaça das queimadas que ocorrem no Norte do país e em Goiás. O Corpo de Bombeiros informou que, no sábado (24), foram combatidos vários focos de incêndio em Goiás, o que também contribuiu para o aumento da nuvem de fumaça.
Quando a fumaça vai dispersar?
A expectativa do Cimehgo é que a fumaça comece a se dispersar a partir de quarta-feira (28), com uma melhora gradual ao longo dos dias. No entanto, o processo depende muito dos ventos. “Não dispersa tão facilmente. É necessária uma boa circulação de ar para remover essa fumaça”, completou André.
Além da visibilidade reduzida, a fumaça representa riscos à saúde. A médica infectologista Marina Roriz, do Hospital de Doenças Tropicais (HDT), alertou que a inalação de partículas de fuligem e gás carbônico pode irritar a mucosa do nariz e do trato respiratório, agravando condições como rinite e sinusite.
Segundo ela, crises alérgicas podem desencadear outras doenças respiratórias. Caso a exposição à fumaça continue por mais tempo, os danos à saúde podem ser a longo prazo, com possíveis alterações pulmonares e cansaço crônico.
